26.3.09

Imagino

(Arnaldo Baptista)

Imagino a minha morte

E a minha continuação
Livre sem meu corpo
Só amando por aí
Energia pura e simples
Para além da imaginação
Ser o vento sem sentir
Numa enorme transação
Quente ou frio vou sentir
Leis da física mudando
Quais serão os postulados,
As barreiras da evolução?
Eu só sei que vou sentir
Sem orelhas ou nariz
Ser amado sem ter sexo
Ser feliz como ninguém
E a procura continua
Numa enorme evolução

2 comentários:

f.mungo disse...

oque é imagino ser,
de vez em quando sou,
nem sempre o que quero,
mas rexisto no apenas,
e a pena é existir.

Maíra Clara disse...

Só imagino..
Pois quando sou e,
percebo o que sou.. já não sou mais.
Processo dinâmico esse do existir,
e no fim das contas, a pena é não perceber o quanto é belo!